Blend tinto elaborado a partir da mistura de cerca de 20 castas distintas advindas de um vinhedo de mais de 110 anos, localizado em Carlão, no Baixo Corgo, com fermentação de parte da uvas em cachos inteiros e posterior estágio de 18 meses em barricas neutras de carvalho francês. Impressiona pela acidez pulsante e pelo taninos reativos, que envolvem suas frutas vermelhas e negras de perfil mais fresco, seguidas de notas florais, terrosas, de ervas e de especiarias. Nítido, preciso e sem nenhuma concessão a sensação de dulçor, tem final vertical e fluido, com toques redutivos, de violetas, de amoras, de cassis, de grafite e de alcaçuz, que pedem uma segunda taça. A letra F no nome do vinho é uma menção a classificação de solos do Douro, criada entre as décadas de 1930 e 1940, em que as parcelas de vinhedos recebiam letras de A (em teoria as melhores e assim sucessivamente) à F. No caso das classificadas como F, as vinhas estão plantadas em solos de transição entre xisto e granito, geralmente, em maior altitude e que costumam dar vinhos com menor potência e concentração. Mas, segundo Maçanita, nessas vinhas de letra F há muitos tesouros escondidos e a intenção de seu projeto é comprovar isso. Depois de degustar esse vinho, podemos concluir que ele conseguiu. Álcool 13%.